Repete Que Varia

Você não sabe nada de nada
Você não sabe a dor quando vem
Só sabe a pista, estabanada,
Depois de me querer muito bem
Você só sabe a carta marcada
Você só sabe ir, quando vém
Só sabe a senda desembestada,
Depois de me querer mais além
Tabatha, Tabatha, Tabatha,
Tabatha, Tabatha, Tabatha,
Tabatha, Tabatha, Tabatha, Tabatha, Tabatha

Alguma coisa há com Tessy no meu coração
A Tessy cruza a Ipiranga com a São João (bis)
Que morena maravilhosa (bis)

Por todo o sempre te quero
E por todo o sempre você me quer
O meu amor que te ama, minha mulher,
Em mim outro amor você ama
No homem que faz tua vida ter fé
Foi e será outra surpresa
A que provoquei em você sem saber
Ao viver o mistério de te conhecer
Quando eu muito mais que te amar,
Não posso te amar sem você

Pois é dizendo e ouvindo dizer
Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo
Que cada um diz igual no dizer
E vive o amor onde o amor não houver

Krig, Krig, Krig, Krig Rá
Kung, Kung, Kung, Kung Fu
Shangri, Shangri, Shangri, Shangrilá
E fuma, fuma, Fu Manchu (bis)
Kung, Kung, Kung, Kung Fu
Lá vem o fuma, fuma, fuma, Fu Manchu
(bis)
Fumancha!
Só porque um de nós só toma banho à noite,
Só se esse for eu, o seu é bem cedinho,
Quer primeiro banho, o banho e não carinho,
Banho para o mar, não banho para amar
Só porque um de nós prefere amor de dia,
Nâo se por você, prefere de noitinha,
Tira, põe a roupa, íntima e por cima,
Só porque concebe e dobra a saciar
Só porque eu acordo lóki e não te aviso,
É quando amancebo, espeto e dou perdido,
Quando a noite vem, dou lero no fastígio,
Mas é complicado, amar e não sujar
Só porque você adora que eu adoro,
Só porque você excita e eu excito,
Pode até sem jeito, um jeito esquisito,
Pode dar risada sem raciocinar
Só porque você repete que varia,
Só porque você confia em ousadia,
Sai na chuva e molha, mara e faz a fila,
Camomila em gás e língua sem sinais

Eu trago seus olhos na minha cabeça (bis)
Que nem fantasia, bonita, apareça
Adoro ouvir você falar
Por cima do salto e atrás do balcão
Essa mulher é um avião
Você era aeromoça, você era enfermeira
Você era ascensorista, você era dançarina
Martha, você é tanta coisa pra mim,
Martha, você me mata
Eu trago seus olhos na minha cabeça (bis)
Que nem fantasia, bonita, apareça
Adoro ouvir você falar
Por cima do gloss e atrás do batom
Que trabalhou de sol a sol
Vi você toda de branco, vi você toda de preto,
Mas você sem cor nenhuma, poderia ser modelo
Martha, você é tanta coisa pra mim,
Martha, você maltrata

Eu quero te falar da vida
A vida vai falar também
Só falo com você na vida
Eu sei o que é preciso, eu sei
A pressa com você demora
A espera com você não vem
O tempo não precisa agora
Que tempo a gente já não tem
Você é minha donzela
E eu sou o seu paquera
(bis)

Eu sou sincero, me faz mais que isso
Eu sou maduro, me faz mais que isso
Eu sou artista, me faz dono disso
Eu amo muito, me faz gosto disso
E cada vez, na vez do sono ou de acordar
Me faz olhar pro mundo inteiro como um vencedor
Eu sou adulto, me faz mais que isso
Me faz a falta, que eu bato e decido
Me faz inteiro, só o necessário
Que eu faço o resto, e a tudo resisto
E cada vez, na vez do esforço ou de parar
Me faz feliz na minha fé e me faz torcedor
Me faz um favor
Pra que o pensamento aconteça (bis)

Agora é infinito
Que fica pra depois
Tão linda nos meus olhos
Que seja de nós dois
Eu vou mudar
Se você não me quiser
Em quem você gostar
Por quem você sofrer (bis)
Agora é infinito
Que fica pra depois
Tão linda nos meus olhos
Que seja de nós dois
De todo mundo
Eu te acho mais bonita
Em quem você gostar
Por quem você sofrer (bis)

Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da sua casa
Lhe der um beijo e partir
Fui eu quem mandou esse beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade d’ocê
Se um dia você se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim:
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d’ocê

Eu sei que você fala
Fala, fala, sem parar
(bis)
Eu quero, quero, quero
Quero ouvir você falar
(bis)
Eu sei que você fala muito
Um pouco é pra eu ouvir
Eu sei que você fala muito
É pra se divertir

Eu sei que você fala
Fala, fala, sem parar (bis)
O silêncio prolongado
É bonito de se ouvir
Mas você tem um gatinho
Dentro, dentro de você

Flamengo, Flamengo, Flamengo, Flamengo (bis)
Ô, Ô, Ô, Ô
Vai pra cima deles, Mengo
(bis)

Em volta,
Onde
Embora,
Mesmo antes,
Pra deleite,
Pra diante,
Eu já vivia de você
Sem prazo,
Sem o fundo
E sem o raso
Gana, luz,
Jus e juízo,
Por acaso
Era pra ser
Um sonho adolescente,
Instante largo,
Vário,
Vago itinerário,
Era o horário,
Era pra ser
A vida é folia e poesia
Você é e se fazia
Me fazendo
Pra você

Queria ter você agora
Eu digo isso a toda hora
Queria ter você comigo
Eu quero, quero e não consigo
A vida que você aponta pra mim
Importa pra quê?
Eu não quero saber
A vida com você
Sorrindo, sem sim,
Não acho ruim
É meu fim
Sem sofrer

Maria da mãe de Clara
Clara do pai de Maria
O nome de ser amada
O nome de batizada
Do umbigo ambígua
Comunhão e crisma
Do espelho espelida
É a rival de si mesma (bis)
Seus pais na escola de samba
E ela na escola marista
Seus pais no mar carioca
Na boda craca e fuligem
Orla que aventa um apê
Aterro tornado Tietê
Ne me quites, que eu te desquite
Tua dupla te refuta
Tua dutra te bifurca
És Maria paulista do Limão
És Clara da gema da Urca
(bis)

Maria, Maria Clara
Clara, Clara Maria
(bis)
Zarolho de tuas ancas
Clárias estradivária
Ária em que mar ia arriba
Libido ilibada, banho maria
Clara, que meto-lhe os pés
Borrega de Buridan
Maria pra mariagem
Clara eu declararia
(bis)
Albardada chicotearia
Clara vara, chucra romaria
Clara na escada de pé
Maria da vida de ré
Marechala, coronel
Clara em escada faz pré
Maria em corrimão faz bé
Marechala, coronel
Fronha que morena cubra
Loura clara na penumbra
Te rodeio e te tateio
Sem modelo, no teu meio
Indeciso entre as tuas mamas (bis)
A que aclareara, a que marearia (bis)
Metade Clara sem cara
Maria de fancaria
Cara metade sem Clara
Maria sem maioria

Toda dor é terra do chão do nunca
Toda dor é seca da vida dentro
Minha dor é nome
Do meu passo de entrada
Quando passa a nossa estrada
Ninguém pode mais voltar
Toda dor é sombra de folha morta
Toda dor é tonta de tanta volta
Minha dor é nome
Quando eu vejo uma jaqueira
Quando a chuva é goteira
Ninguém pode mais voltar
Saudade, saudade, saudade